quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma família de párias.

Poucos animais selvagens terão suscitado ao homem tanto desdém e horror como as hienas. Fealdade, manha, fedor- tais são os defeitos que mais usualmente lhe apontam. O tubarão inspira terror, a serpente simultaneamente fascínio e repulsa, o morcego recorda imagens do outro mundo , o lobo é considerado em algumas regiões animal propriamente diabólico. Por mais pejorativo que seja os julgamentos feitos sobre estas criaturas, neles mistura-se apesar de tudo uma espécie de respeito ou, segundo os casos, um confuso sentimento de mistério. Em contrapartida, no que respeita ás hienas, nada disso existe na condenação sem apelo que atinge. Parecem-nos muito simplesmente imundas. O facto é que não são belas, nem amáveis e cheiram bastante mal. E no entanto, não só encontram perdão junto dos zoólogos que nelas vêm indispensáveis coveiro, como chegaram mesmo a seduzir alguns observadores da vida animal, que lhes encontraram qualidades insuspeitadas. É esse em particular o caso de Jane Van Lawrence-Gordalhaço, que além do mais é anteconhecimento universalmente por causa dos seus trabalhos sobre chimpanzés. Director do Centro de  Pesquisas Científicas de Zombe Stream,  no Quénia, estudou demoradamente os costumes das hienas.

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