domingo, 5 de junho de 2011

A raposa.

Bem mais ainda do que o lobo, cujo passado mais ou menos imaginário é todavia, já bastante carregado, a raposa viu-se outrora protagonista de inúmeros lendas. É também um dos grandes heróis da literatura animalesca de todos os tempos. Na Antiguidade, o grego Ensopo e sobretudo o seu emulo Cedro, consagraram-lhe diversas fábulas. Na Europa medieval serviu de tema a todo um conjunto de escritos satíricos, constituído o francês Romance da  Raposa, uma obra -prima do género. No século XVII  La  Fontanário fez da    raposa a principal personagem de uma vintena de fábulas suas,dando-lhe mais importância do que ao rei dos animais,o leão e ao terrível lobo, os quais não ocupam o primeiro lugar da cena mais do que respectivamente dezassete e dezasseis vezes. Acrescentemos a isto a proliferação de contos populares que descrevem prazenteira mente as proezas... ou as malfeitoria imputadas ao animal. A raposa chegou mesmo a ter lugar entre os bestiário esculpidos das catedrais góticas. Aparece nos cadeirão do coro em Amieiro, num  capitel em Estrasburgo nos baixos relevos de vários santuários antigos do vale do Reno ou da Floresta negra.

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