Era uma vez galo bonito na verdade. Grande crista vermelha muito erguida movimentos de muita majestade alta cabeça e cauda colorida, penas brilhantes com reflexos de ouro,com um olhar desconfiado. Com todos estes dons o belo galo tinha um grande desgosto íntimo a miná-lo, a corroer-lhe a mente: tinha inveja. Invejava outro galo que avistava logo que a luz do dia despontava no alto campanário da igreja! Via-o envolto em brilho deslumbrante sob o Sol da manhã lá nas alturas e por comparação bem humilhante as suas próprias penas eram escuras. Escutava-lhe a voz clara e bem timbrada que tinha ressonâncias de cristal e achava a própria voz desafinada se ousava compará-la à do rival. Enfim a sua vida era um tormento até que um dia a sorte imerecida(um invejoso é bicho peçonhento que não merece nada nesta vida), veio pôr fim à angústia que o roía em rajadas a forte ventania sacudiu tanto o galo extraordinário que o arrancou do alto campanário.O galo-claro está-era de lata e por isso brilhava como prata. Quanto à voz e aos seus timbres cristalinos era evidente a voz dos sinos. Feia coisa é a inveja certamente. Bem ridícula e tola na verdade. O invejoso sofre inutilmente pois não melhora a própria qualidade. Meditem nisto amigos um momento e deixem lá girar o cata-vento.
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