Pode-se provocar o sonambulismo por hipnose, mas o fenómeno também se produz espontaneamente. Estado espectacular, inquietante, por vezes mesmo alucinante, é conhecido desde a mais recuada Antiguidade, e Aristóteles descreveu as suas características de uma forma absolutamente actual. É, de algum modo, uma variedade do sono normal, mas num « grau mais avançado na inibição dos centros superiores voluntários e consciente». O sono normal é já um estado segundo, onde os sonhos são o único indício da actividade psicológica, tornada inconsciente ou antes, subconsciente. Por vezes, ao sonhar fala-se; também os cães ao dormir soltam alguns ladrados ao mesmo tempo que mexem as patas. Acontece igualmente à pessoa adormecida agitar-se: está então numa fase intermédia entre o sono natural e o sonambulismo fase pela qual passam muitas pessoas. Se a interrogarmos nesse momento, é muito raro que não responda às perguntas feitas. Pode-se mesmo sugerir-lhe que efectue certos actos. Quando acorda não se lembra de nada mesmo que tenha revelado ciosamente guardados durante o estado de vigília.
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