segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bisontes da América e da Europa.

Os  Americanos chamam ao bisonte búfalo. O termo é impróprio. É certo que como membro da subfamília dos bovídeos, o bisonte é incontestavelmente um parente próximo dos búfalos africanos e asiáticos, mas difere de ambos por diversas características morfológicas. Esta verificação é válida tanto para o bisonte- americano como para o europeu, espécies próximas mas também elas nitidamente distintas. Estes ruminantes são os maiores mamíferos terrestres dos respectivos continentes. Contam-se igualmente entre os que se encontram outrora melhor representados em termos numéricos, sobretudo nas planícies do Novo Mundo.«Outrora», escrevemos nós: teremos efectivamente de falar muitas vezes no passado ao longo das páginas que se segue pois os bisontes já não se incluem no número das espécies extintas, a tragédia que se abateu sobre eles nem por isso deixou de alterar-lhes os costumes, o temperamento e por vezes até a morfologia. Se estivéssemos a falar de seres pensantes, diríamos que foram afectados no corpo e no espírito. Constituem até exemplo tristemente característico daquilo a que Philippe  Diogo chamou, no seu livro que tem o mesmo título, Os Animais Doentes do Homem. A história dos bisontes é conhecida de todos, pelo menos nas grandes linhas. Merece todavia se recordada, com o apoio de números a fim de  demonstrar a que extremo pode conduzir uma ausência total de restrições em matéria de caça.

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