sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Líder da independência veio morrer a Portugal.

Aristides Pereira faleceu em Coimbra aos 87 anos pessoa discreta e conservadora, recusou entrevista a jornalista porque ela usava calças. Aristides Pereira , ontem falecido, aos 87 anos, nos  Hospitais da Universidade de Coimbra, onde estava internado desde  Agosto com uma fractura do férmur era o último dos históricos independentistas que protagonizaram a criação de novos estados de língua portuguesa após o 25 de Abril de 1974. Na Guiné, esteve ao lado de Amílcar Cabral desde a década 40, fundo com ele o PAIGC, em 1956, e assumiu a liderança após o seu assassinato, em Janeiro de 1973. Foi o primeiro presidente de Cabo Verde e manteve o poder durante 16 anos, de 1975 a 1991. Abandonou então a política e voltou a ser o homem simples, modesto, discreto, que não gostava de protagonismos, mas sempre fiel aos seus ideias e amigos, como define  Pedro Pires, ex-presidente de Cabo Verde que conheceu há 50 anos, em Conacri, no início da guerra. Os outros históricos das independências, Agostinho Neto (Angola) e Samora Machel (Moçambique), eram diferentes. A Aristides Maria Pereira, nascido na ilha da Boavista, não se  conhece qualquer texto revolucionário. Fez estudos de liceu e seguiu a profissão de radio-telegrafista. Chefiou a estação de Bissau antes de entrar na guerrilha. Quando Cabral foi assassinado, Aristides foi preso.

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