sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mãe deixa bebé morrer num balde após parto.

Maria José escondeu a gravidez,teve o filho em casa e abandonou-o no tanque da vizinha. Sempre serena,sem proferir uma única palavra,fria e de cabeça baixa. Foi desta forma que Maria José Vilela se apresentou ontem no Tribunal de Paços de Ferreira,onde começou a ser julgada por homicídio qualificado. A mulher,de 39 anos,é acusada de planear e provocar a morte do filho recém-nascido-deixando-o dentro de um balde,logo após o parto,embrulhado em tapetes e toalhas,no tanque de uma vizinha. A tese da acusação refere que a gravidez durou nove meses,pelo que Maria José terá tido um parto de termo,na manhã 24 de Junho de 2011. A defesa da mãe homicida,porem,requereu que fosse junta ao processo uma nova perícia médica-de modo a  provar que o bebé nasceu morto e de forma prematura,o que poderá alterar o tipo de crime pelo qual a arguida responde. Ao observar o relatório da autópsia verificam-se inconsistência e contradições. As conclusões forenses que sustentam a acusação não atingem os padrões mínimos para autópsias fetais,justificou o advogado Rui Barbosa,num requerimento aceite pelo colectivo de juízes. Ontem foi ouvida a antiga patroa da arguida,que naquela manhã alertou as autoridades. Notava-se que a Maria José estava grávida,mas ela sempre negou.Quando me pediu para ir  embora ,por estar indisposta,pressenti logo que ela fosse fazer alguma asneira,afirmou ontem Deolinda Silva,que durante alguns meses tentou ajudar a empregada. Até lhe disse que se ela não quisesse a criança eu ficava com ela. Foi uma brincadeira,mas queria ver se ela admitia a gravidez,rematou a mulher. Nesse dia,foi a colega Sónia Alves que levou a arguida a casa-e que depois viu a GNR encontrar o bebé no tanque. A testemunha afirmou que se apercebeu das contracções e que Maria José recusou ir para o hospital.

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