Garanhão Rubi é o melhor da raça portuguesa em dressage o sémen rende dois mil euros. Rubi tem nome de pedra preciosa e tratamento digno de estrela.Não há dia que não seja massajado por uma manta especial que lhe relaxa o dorso,e todas as semanas é visitado por uma osteopata que se certifica de que está na sua melhor forma. O melhor cavalo lusitano do Mundo tem também dias dedicados ao descanso-em que não pode ser montado-e recompensas várias ,que incluem cenouras e bombons,quando se esforça nos exercícios.Porque Rubi não tem só nome de pedra preciosa. Foi ele que colocou o cavalo lusitano no mapa ,conta Gonçalo Carvalho,o cavaleiro com quem Rubi forma uma dupla de sucesso na disciplina de dressage-uma vertente da equitação que consiste na execução de exercícios específicos num rectângulo de vinte por sessenta metros . Em avaliação está a amplitude e a regularidade da passada ,o exercício,a descontracção do cavalo e a postura do cavaleiro. E é ele,o cavalo,que ajuda a suportar as despesas exigidas pela modalidade chegam aos sessenta mil euros por ano que este ano chegou aos Olímpicos de Londres com uma óptima prestação numa surpreendente presença na final. É o sémen do Rubi que ajuda a suportar os custos deste desporto-embora não na totalidade-,que é muito dispendioso porque é vendido a dois mil euros a dose para cobrição.Vai para todo o Mundo,fresco ou congelado,dependente da distancia que tem de percorrer,explica Gonçalo. Para os Estados Unidos, Austrália e Brasil país que compra mais, por exemplo,é congelado que vai.O processo de recolha do sémen é totalmente artificial,por tubo de ensaio,na Coudelaria Quinta dos Cedros,em Alfouvar,Almargem do Bispo,Sintra. A regularidade da recolha depende do Rubi. E das épocas: em Portugal,normalmente é feita entre Janeiro e Julho,no Brasil o processo começa agora. Ao chegar ao destino é inseminado nas éguas para que as crias nasçam com os genes preciosos do lusitano português conhecido em todo o Mundo.Rubi nasceu na Coudelaria de Alter e começou a treinar com Gonçalo há nove anos.A sintonia entre os dois é visível a olhares alheios e confirmado pelo cavaleiro.Olho para os olhos do Rubi e sei logo como vai correr a lição se está bem ou maldisposto,ele também sabe como é que eu estou ,até pela minha respiração,explica o cavaleiro de 30 anos,que começou a montar a sério aos 17 anos,mas que se apaixonou pelos cavalos ainda na infancia apesar da asma que teimava em impedi-lo.Tanto que,quando a Fundação Alter Real,antiga Coudelaria Nacional,anunciou a Gonçaloque, por dificuldades económicas,o cavalo estava á venda,o cavaleiro ficou sem chão.
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