terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O país que descai sempre para o mesmo buraco.

Portugal tem um formato rectangular e um modelo de desenvolvimento tão centralista que é difícil resistir á tentação de o caricaturar como um bilhar que descai sempre para o mesmo buraco que consome o essencial dos recursos do país chamados a comentar o diagnóstico de D. Manuel Clemente que identifica a macrocefalia como um problema estrutural do país deputados de todos os partidos eleitos pelo círculo do Porto dizem amém ao bispo o social-democrata Virgílio Macedo considera que a região norte tem sido penalizada ao longo dos anos enquanto o bloquista João Semedo defende que seja concretizada a regionalização. José Ribeiro e Castro do CDS-PP alerta que o Porto continua a perder voz o socialista Francisco Assis afirma que o centralismo deve ser alvo de reflexão profunda e o comunista Honório Novo critica o desprezo pela coesão territorial (ler comentários ao lado) o problema da nossa democracia é que durante as campanhas eleitorais todos os partidos são inimigo jurados do centralismo mas quando chegam ao governo adiam a desconcentração do poder para uma altura mais oportuna desculpando-se com a crise do momento-esta que é XXXL ou outras passadas de forma L ou até M. O problema é termos um estado bulímico que consome metade da riqueza produzida pelo país com uma fronta de 29 mil automóveis em permanente renovação que gere um orçamento á mesa do qual estão sentadas 14 mil instituições sobrando.

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